sábado, 8 de setembro de 2012

Ser Mãe: a grande aventura

Parece um clichê dizer que é uma aventura ser mãe, mas os últimos tempos não podem ter outra descrição. E ainda vai tudo no início... assusta-me um pouco pensar que esta fofura de 7 meses vai precisar de autoridade e caras-feias para se tornar uma pessoa educada... Mas para já é mais uma aventura de mimo :)
No meio de tanto trabalho, com a sorte de ter quem fique com ele quando o trabalho e outras obrigações apertam, há dias em que quase só se vê o pimpolho a dormir (e, confesso que há quem o acorde, oops, sem querer, para brincar um bocadinho e matar saudades). Um dia destes possivelmente até trouxe um bicho do trabalho e tive a maravilhosa aventura na 1ª pessoa do primeiro D0 de febre assustador para qualquer mãe perante supositórios que ele não gosta e xaropes que pode vomitar acrescidos das ideias assustadoras que passam na mente de uma médica de todas as complicações que daí podem advir, e ter de ir trabalhar logo nesse dia que era Domingo longe dos picos incessantes de febre infantil. Mas a aventura de ser mãe é isto, é saber respirar fundo e confiar. Confiar na natureza, na família, no destino e em Quem de nós cuida e não desleixa, onde quer que esteja. E tudo voltou ao normal ao D2 como seria de esperar e a barriga continua gordinha. E a aventura vai continuando, com um primeiro dente agora à mostra, para não se poder dizer que veio sem o pico febril antes para não contrariar o povo (a quem muito afincada e cientificamente explico que não tem nada a ver a febre com os dentes). A aventura de ser mãe tem muito isto de compreender os outros. Compreendemos primeiro a nossa mãe (e nem acreditamos que já passou por isto connosco) e, no meu caso, traz o extra de compreender muitas mães que vêm aflitas por cada borbulha dos seus filhos a correr ao Centro de Saúde ou urgências...
E as cenas dos próximos capítulos estarão para vir. Vão ficando marcados a alegria e orgulho de ver um piolhinho crescer primeiro com o nosso leite, depois com a comida que adora (não sei a quem sairá mas nunca esperei tamanha sorte) e miraculosamente aparecer, de repente, com gracinhas e aptidões novas (como a mania de querer andar em vez de gatinhar e sair um "olá" sem querer de vez em quando). Aquelas coisas que parecem tolas mas que para uma mãe são tudo.
E este sorriso é mesmo tudo...
08.09.12_vôo D



2 comentários:

  1. lindo! como te compreendo... tb me mentalizei recentemente que já não é RN e que já começa a precisar de limites (felizmente ainda pouquinhos porque o meu coração anda feito de manteiga). E tb já diz uma especie de olás, não anda mas tenta gatinhar e ai!, dá umas gargalhadas que nos faz esquecer o mundo inteiro!... beijo aos 3!

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  2. Inês, é um facto que todos os médicos transformam-se em quadrúpedes irracionais quando os filhos ficam doentes: só nos passam coisas rebuscadas pela cabeça na tentativa de explicar o óbvio.
    Os meus vão um pouco mais adiantados, como sabes, e posso garantir que a coisa só melhora com o tempo.
    Amanhã mais uma etapa: a mais velha vai para a escola - e o coração está em estágio para o grande momento.

    Bj

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